O crómio é ubíquo e pode ser encontrado na água, no solo e nos sistemas biológicos.

O crómio é onipresente na dieta.
Os alimentos ricos em crómio incluem carne e seus derivados, óleos e gorduras, pães e cereais, peixe, leguminosas e especiarias.

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for chromium. EFSA Journal. 2014;12(10):3845.
DOI: 10.2903/j.efsa.2014.3845

O magnésio é um metal alcalino-terroso pertencente ao terceiro período da tabela periódica dos elementos.
É o oitavo elemento mais abundante na crosta terrestre e o décimo primeiro elemento mais abundante no corpo humano.

Os alimentos ricos em magnésio são nozes, grãos integrais e produtos de grãos, peixes e frutos do mar, vários vegetais, legumes, frutas silvestres, banana e algumas preparações de bebidas de café e cacau.
O teor de magnésio da torneira / água engarrafada pode contribuir significativamente para a ingestão.

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for magnesium. EFSA Journal. 2015;13(7).
DOI: 10.2903/j.efsa.2015.4186

O potássio é um mineral essencial na dieta humana. É o elemento osmoticamente ativo predominante no interior das células.
Juntamente com o sódio e o cloreto, característicos do líquido extracelular, o potássio contribui para a osmolaridade e desempenha um papel importante na distribuição de líquidos dentro e fora das células.

O potássio está presente em todos os alimentos naturais, em particular raízes ou tubérculos ricos em amido, vegetais, frutas, grãos integrais, laticínios e café.
Podem ocorrer perdas substanciais de potássio durante o processamento de alimentos.
Água potável e muitos aditivos alimentares também contêm potássio; no entanto, é improvável que eles representem fontes principais.

Turck D, Bresson J, Burlingame B, Dean T, Fairweather-Tait S, Heinonen M et al. Dietary reference values for potassium. EFSA Journal. 2016;14(10):e04592.
DOI: 10.2903/j.efsa.2016.4592

O zinco é o 24º elemento mais abundante na crosta terrestre.
Existe como um catião divalente estável. A sua capacidade de troca rápida, associada a forte ligação a moléculas orgânicas, especialmente a doadores de tiolato e amina de electrões é considerada de fundamental importância para a biologia abrangente do zinco.
O zinco não exibe atividade redox direta, um recurso que facilita seu transporte seguro dentro do corpo (Krezel et al., 2007). O zinco possui uma ampla gama de funções fisiológicas vitais e é ubíquo em todas as células do corpo.
Três classes funcionais gerais: catalíticas, estruturais e regulatórias, definem o papel do zinco na biologia (King e Cousins, 2014).

Carne, legumes, ovos, peixe e grãos e produtos à base de grãos são fontes ricas de zinco na dieta.

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for zinc. EFSA Journal. 2014;12(10):3844.
DOI: 10.2903/j.efsa.2014.3844

O manganês é um mineral essencial da dieta para mamíferos; é um componente de metaloenzimas como superóxido dismutase, arginase e piruvato carboxilase, e está envolvido no metabolismo de aminoácidos, lípidos e hidratos de carbono (SCF, 1993; IOM, 2001; NHMRC, 2006).

Nozes, chocolate, produtos à base de cereais, crustáceos e moluscos, frutas e produtos de frutas são fontes ricas de manganês (Rose et al., 2010; Anses, 2011) (Tabela 1).
Os principais contribuintes alimentares (> 5%) para a ingestão de manganês são produtos à base de cereais, vegetais, frutas / produtos à base de frutas e bebidas (café, chá, bebidas alcoólicas) (Rose et al., 2010; Anses, 2011) (Apêndice B) .
A legislação da UE estabelece um valor paramétrico de 50 µg / L para o manganês na água potável.

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for manganese. EFSA Journal. 2013;11(11).
DOI: 10.2903/j.efsa.2013.3419

O cobre é um metal de transição.
Desempenha um papel significativo na biologia pela sua capacidade de ter dois estados de oxidação; existe principalmente como Cu (I) ou Cu (II) e essa capacidade de ganhar ou perder um electrão sustenta seu papel nos processos de transferência de energia em sistemas biológicos. O cobre em sistemas biológicos raramente é encontrado como um ião livre. Normalmente é quelatado em aminoácidos, ou em proteínas com resíduos de imidazol, como a albumina (em mamíferos).
A interação com aminoácidos é significativa em termos de biologia do cobre, pois é provavelmente um dos principais fatores na determinação da absorção e processamento do metal.

Fontes alimentares ricas em cobre são fígado, alguns frutos do mar (ostras), produtos de cacau, nozes (em particular caju) e sementes (Romana et al., 2011).
Além da comida, a água potável pode ser outra fonte importante de cobre, embora o conteúdo mineral na água potável seja muito variável.

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for copper. EFSA Journal. 2015;13(10):4253.
DOI: 10.2903/j.efsa.2015.4253

Na dieta, o selênio está presente principalmente em compostos orgânicos, como L-selenometionina e L-selenocisteína, com menores quantidades em compostos inorgânicos, como selenato e selenito.

A castanheira, bem como as espécies Brassica (colza, brócolos, repolho) e espécies de Allium (alho, cebola, alho-poró e alho-porro selvagem), são “acumuladores de selênio”, enquanto as culturas de cereais como trigo, aveia, centeio e cevada são "Não acumuladores" (Rayman, 2008).

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for selenium. EFSA Journal. 2014;12(10):3846.

DOI: 10.2903/j.efsa.2014.3846

A vitamina C (ácido L-ascórbico) é um composto orgânico solúvel em água que é necessário para o funcionamento metabólico normal do corpo.
A vitamina C é um componente essencial da dieta, pois os seres humanos e outros primatas perderam a capacidade (ao lonog do tempo) de sintetizar a vitamina C através da via do ácido glucurônico.

Alimentos com alto teor de vitamina C são frutas como bagas, lichia, mamão, kiwi e frutas cítricas, vegetais como couve de Bruxelas, couve-flor, couve, pimentão e ervas / especiarias. (Anses / CIQUAL , 2012).
Os tecidos animais também contêm vitamina C, mas em quantidades menores. O rim e o fígado têm um teor mais alto de vitamina C do que outros alimentos de origem animal. Os principais contribuintes para a ingestão de vitamina C em adultos são frutas, vegetais e os seus sumos, e batatas (Serra-Majem et al., 2007; Pedersen et al., 2010; DGE, 2012)

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for vitamin C. EFSA Journal. 2013;11(11).
DOI: 10.2903/j.efsa.2013.3418

Niacina (ou Vitamina B3) é um termo genérico para ácido nicotínico e nicotinamida, compostos orgânicos solúveis que pertencem ao grupo de vitaminas do complexo B.

A niacina é encontrada em uma ampla variedade de alimentos.
Os principais grupos de alimentos que contribuem para a ingestão de niacina em adultos incluem carne e seus derivados, cereais e seus produtos derivados, bem como lacticíneos.

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for niacin. EFSA Journal. 2014;12(7):3759.
DOI: 10.2903/j.efsa.2014.3759

O ácido pantotênico é uma vitamina solúvel em água, que é um componente da coenzima A (CoA), importante no funcionamento das células.
O ácido pantotênico é ubíquo e a deficiência é rara.

Os alimentos ricos em ácido pantotênico incluem carne (produtos), ovos, nozes, abacate e vegetais crucíferos.
Os principais contribuintes para a ingestão de ácido pantoténico incluem produtos à base de carne, pão, produtos à base de leite e vegetais.

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for pantothenic acid. EFSA Journal. 2014;12(2):3581.
DOI: 10.2903/j.efsa.2014.3581

A vitamina B6 é um descritor genérico para um grupo de derivados de 2-metil, 3-hidroxi, 5-hidroximetilpiridinados que exibem a atividade biológica da piridoxina (American Institute of Nutrition, 1990).

A vitamina B6 inclui três derivados que diferem pela substituição de um carbono na quarta posição do anel piridina, ou seja, piridoxina (PN3), piridoxal (PL4) e piridoxamina (PM5). (da Silva et al., 2013)

Os alimentos ricos em vitamina B6 incluem grãos (milho integral / milho, arroz integral, sorgo, quinoa, gérmen de trigo), leguminosas, nozes, sementes, batatas, algumas ervas e especiarias (por exemplo, alho, caril, gengibre), carne e produtos à base de carne ( por exemplo, aves, porco, fígado), peixe (FAO / INFOODS, online).

Dietary Reference Values for vitamin B6. EFSA Journal. 2016;14(6).

DOI: 10.2903/j.efsa.2016.4485

A Riboflavina, é um composto solúvel em água naturalmente presente em alimentos de origem vegetal e animal como riboflavina livre.

A sua absorção ocorre principalmente no intestino delgado proximal.

De acordo com o Banco de Dados Europeu de Composição de Nutrientes da EFSA, as principais fontes alimentares de riboflavina incluem leite, produtos lácteos, ovos e miudezas.

Turck D, Bresson J, Burlingame B, Dean T, Fairweather‐Tait S, Heinonen M et al. Dietary Reference Values for riboflavin. EFSA Journal. 2017;15(8).

doi: 10.2903/j.efsa.2017.4919

A vitamina B1, também denominada tiamina, é uma das vitaminas hidrossolúveis do complexo B.

Uma vez que o organismo armazena apenas quantidades reduzidas desta vitamina, é recomendada a sua ingestão diária, de forma a manter uma dieta equilibrada.

A tiamina tem uma ação sinérgica com as restantes vitaminas do complexo B e por isso, estas vitaminas são mais potentes quando tomadas em conjunto do que isoladamente.

Nos alimentos esta vitamina existe principalmente em formas fosforiladas em produtos animais e em forma livre em alimentos de origem vegetal.

Em indivíduos saudáveis, a absorção de tiamina é superior a 95% na ingestão habitual.

Turck D, Bresson J, Burlingame B, Dean T, Fairweather‐Tait S, Heinonen M et al. Dietary reference values for thiamin. EFSA Journal. 2016;14(12).

doi: 10.2903/j.efsa.2016.4653

. Mindell, E., Tudo sobre as vitaminas. Plátano. 1991 pags. 43-44; 218-220;255-258

O folato é um composto orgânico solúvel em água que pertence ao grupo de vitaminas do complexo B.
É um micronutriente essencial necessário para a síntese de ácidos ribo- e desoxirribonucléicos (RNA e DNA) e, consequentemente, para divisão celular e crescimento de tecidos, reações de metilação e metabolismo de aminoácidos.

Os folatos de origem natural são encontrados numa ampla variedade de alimentos; contudo , existem poucos alimentos que podem ser considerados fontes particularmente ricas.
Embora a maioria das frutas e legumes contenha pequenas quantidades de folato, as principais fontes são vegetais de folhas verde-escuras, legumes, laranja e toranja (sumo), amendoins e amêndoas (FSA, 2002).
A carne geralmente contém baixas quantidades de folato, com excepção de miudezas, como fígado e rim, que são particularmente ricas em folato.
O fermento de padeiro é outra fonte rica de folato.

Os contribuintes para a ingestão de folato natural incluem alimentos como batatas e laticínios, que não são considerados fontes ricas de folato natural, mas são consumidos em quantidades relativamente grandes (SACN, 2006).

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for folate. EFSA Journal. 2014;12(11).

DOI: 10.2903/j.efsa.2014.3893

A vitamina B12 é uma das vitaminas do complexo B e é hidrossolúvel. Esta vitamina é a mais complexa e a única que contém um ião metálico, o cobalto. Por esta razão, denominam-se cobalaminas todas as formas de vitamina B12, sendo a cianocobalamina a mais utilizada em suplementos e alimentos enriquecidos.

A cobalamina não é um constituinte normal dos alimentos vegetais a menos que contenham levedura ou tenham sido expostos à fermentação microbiana que produziu a vitamina (por exemplo, cerveja) ou que tenham sido fortificados com cobalamina (por exemplo, cereais de café da manhã prontos para consumo).

As principais fontes da vitamina são produtos de origem animal, incluindo carne, peixe, laticínios, ovos e fígado.

Scientific Opinion on Dietary Reference Values for cobalamin (vitamin B12). EFSA Journal. 2015;13(7).

DOI: 10.2903/j.efsa.2015.4150